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MARETEC - Projectos

+ATLANTIC

Com este projecto pretende-se mobilizar e estimular a capacidade tecnológica nacional através de um programa orientado para a valorização industrial tendo por objectivo a exploração sustentável do Atlântico. Inclui promover novas actividades industriais de base tecnológica e maior valor acrescentado em torno da oportunidade criada pela extensão da plataforma continental de Portugal, assim como facilitar a expansão e diversificação dessa oportunidade para a exploração sustentável do Atlântico Sul. Para atingir os objectivos, o Programa inclui o desenvolvimento e promoção de um Observatório internacional para estimular a análise de riscos emergentes e novas dinâmicas de inovação com ênfase na exploração do Atlântico Sul e África Subsariana.
A extensão da plataforma continental de Portugal abriu novas oportunidades para a valorização industrial da capacidade  tecnológica nacional, incluindo o desenvolvimento de tecnologias marinhas no segmento submarino, capacitação de plataformas “off-shore” e equipamentos de apoio, tecnologia de portos e sistemas de observação, monitorização e controlo de condições biofísicas, ambientais e económicas no Atlântico (vide, Estratégia Nacional para o Mar 2013/2020).
Adicionalmente, a identificação dos vastos recursos de hidrocarbonetos no pré-sal brasileiro e, potencialmente, no pré-sal africano, assim como as inovações tecnológicas que levaram ao rápido aumento de recursos não convencionais de hidrocarbonetos nos EUA, estão a reformular a geopolítica da energia. As recentes descobertas de gás em Moçambique e o potencial para a exploração sustentável de novos minérios na costa Africana podem ajudar neste processo e estão na base dos fundamentos para a criação deste Programa e Observatório.
O aumento do abastecimento de hidrocarbonetos no Atlântico Norte (EUA, Canadá e potencialmente no México) e no Atlântico Sul (Brasil, África Ocidental e, potencialmente, Venezuela) diminuirá os riscos económicos de potenciais rupturas no fornecimento de petróleo do Médio Oriente para as regiões do Atlântico. Também, a expansão do Canal do Panamá em tempos de maior incerteza nos mercados de energia e da produção potencial de gás não convencional, pode fomentar novos riscos sistémicos a surgir no Atlântico, especialmente no Atlântico Sul. Tal provavelmente ocorrerá em conjunto com o tráfego e as principais rotas marítimas comerciais, que será significativamente melhorada com o surgimento de novas indústrias em várias partes da costa atlântica, incluindo a África Oriental e Ocidental e o Norte do Brasil.
Essas mudanças podem ter um impacto considerável nos cenários gerais para a segurança energética e sistémica a um nível  global, pelo que necessitam de ser abordadas e discutidas em detalhe. Adicionalmente, muitas zonas portuárias da América Latina (como Rio de Janeiro, Santos Bahia e Pecém no Brasil) e do Sul da Europa (incluindo Sines, Lisboa e Leixões, Valencia , Las  Palmas e Algeciras), bem como no norte da Europa (como Rotterdãom), irão competir para a promoção de entrada / saída de mercadorias, facilitando novas oportunidades para o eventual desenvolvimento dessas regiões, mas acrescentando novos riscos. O Programa aqui proposto e o Observatório que lhe está associado deverão incidir sobre estas mudanças em termos tecnológicos e sistémicos, valorizando a análise histórica, perspectivando estudos prospectivos e estimulando a valorização industrial para a exploração sustentável do Atlântico.
Os efeitos deste novo contexto não são totalmente compreendidos e, com certeza, mal medidos ainda. Dados recentes sugerem que um processo de reindustrialização está a emergir na América do Norte e que o processo de industrialização no Atlântico Sul está a ganhar força. Assim sendo, é provável que o comércio entre as nações do Atlântico seja estimulado com óbvio impacto sobre o comércio entre o Pacífico e as Nações do Atlântico.
Em qualquer circunstância, os crescentes recursos de hidrocarbonetos dos países de língua portuguesa (Brasil, Moçambique e Angola, em particular) irão desempenhar um papel importante na reformulação da geopolítica da energia. O Observatório proposto tem a intenção de explorar esse papel e ajudar a aprofundar o entendimento dos riscos e oportunidades emergentes. Tem por objectivo identificar a percepção actual de académicos, reguladores e operadores de petróleo de Angola, Brasil, Portugal e Moçambique sobre a questão e definir nova agenda de I&D e valorização tecnológica e industrial.
Inclui ainda a dinamização de um Fórum específico (Fórum N3: Novos Negócios, Novas Tecnologias e Novos Empregos para a Exploração Sustentável do Atlântico) com o objetivo de facilitar a valorização tecnológica, social e económica da acumulação de capacidades científicas e tecnológicas, assim como garantir o papel das novas indústrias de base tecnológica e do seu efeito estruturante nas economias, devendo ser dado destaque às oportunidades em indústrias emergentes para responder a riscos sistémicos no Atlântico.


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